segunda-feira, 23 de novembro de 2015

Hiperativade? Será? - Por Andrea Barros Parente - Psicóloga Clínica


        Já há algum tempo, percebo uma grande quantidade de pessoas afirmando que seu filho, vizinho, sobrinho, aluno é hiperativo.
Será possível que houve um aumento tão considerável de crianças hiperativas nos últimos anos? Minha opinião pessoal é que não! O que mudou então?

        Vou contar um pouco sobre como foi minha infância: Revelando aqui a minha idade, mas sem problema algum com isso, eu sou de 1974, ou seja, fui criança na década de 70 e 80, morava em São Paulo, em um sobrado no bairro da Vila Mariana, em uma rua sem saída, com uma praça em cima e outra em baixo, e um conjunto de prédios em volta, o velho e bom conjuntão!
Pois bem, tinha muitas, mas muitas crianças, e muito espaço também! Quando eu não estava na escola, eu estava brincando, na rua ou na praça. Algumas poucas crianças tinham o Atari (para quem não conhece, isso é um videogame) mas eu não tinha, e nem queria ter, achava muito chato ficar parada em frente uma televisão! Acho chato até hoje!
Passava o dia brincando de pega-pega, esconde-esconde, mãe da rua, queimada, vôlei, taco. Os meninos jogando bola na rua, a bola caia na casa da Branquela e ela furava a bola, um clássico! Durante um período havia um terreno vazio perto de casa, brincávamos lá também, nunca peguei tétano ou coisa parecida! Na verdade não lembro nem de ficar gripada.
Bom, mas por que estou falando da minha infância? Por que adoro lembrar dela? Também, mas onde quero chegar é que nunca ouvi ninguém falar que eu ou meu irmão éramos hiperativos, ou mesmo algum de nossos muitos amigos irem ao médico porque poderia ser hiperativo...
E se minha infância tivesse sido depois dos anos 2.000? Será que alguém não teria me considerado uma criança com hiperatividade? Provável! E boa parte dos meus amigos? Bem provável, até porque entre eles havia todo tido de personalidade.
Onde quero chegar? É claro que existem crianças hiperativas, mas elas são 5% das nossas crianças, e não 50%! Esses 5% das crianças depois de devidamente diagnosticadas, precisam ser tratadas, o que não significa exatamente serem medicadas. Nem todo caso precisa de medicação.

       Criança tem muita energia, algumas mais, outras menos. Quando eu era criança eu tinha como e onde extravasar essa energia, sorte a minha! Mas hoje por vários motivos, uma grande parte das nossas crianças não tem como extravasá-la, resultado disso: crianças com uma inquietação de tirar adulto do sério!
      Os motivo são os mais variados, porque moram em apartamentos, as cidades são mais perigosas, os pais não tem tempo, os pais têm preguiça. No caso dos pais preguiçosos os computadores, celulares, tablets, videogames, vem bem a “calhar”!

A tecnologia é uma grande aliada desses pais, porque os filhos passam horas e horas quietos...ops, espera aí, seu filho passa horas e horas quieto em frente a um computador? E você acha que ele é hiperativo?!?! Humm...Não sei não!!!!

Bom, nessa matéria não tive a pretensão de explicar a hiperatividade. Minha ideia foi despertar a atenção para esse número grande e crescente de “diagnósticos” de hiperatividade nas crianças. 


E para quem quiser entender melhor sobre o assunto, deixo como dica o link abaixo, que na minha opinião, explica de forma clara e objetiva. 



Andrea Barros Parente
            Psicóloga Clínica



















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